segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Falo sem te conhecer.

O sucesso de um monólogo termina quando as cortinas se fecham, mas o espetáculo do amor carece de um diálogo improvisado e de um roteiro desprendido de receios.
A aventura adolescente de um coração adulto, o enredo perfeito para uma história rica em detalhes, mas carente de certezas.
Um jogo de prazeres, projeções e expectativas.
Jogado por quem se joga ao pés do carinho, se deleita no prazer de beijar de olhos fechados e se esquece como é dormir sozinho.
Não existem regras para um jogo que não tem ganhadores.
Se há quem ganhe, não vale a pena jogar.
A virtude está em quem perde e não em quem ganha.
Perder o sono, perder o ar, perder hora pra prender quem me encontra na mais íntimo.
Sem precisar de um espetáculo armado, sem luzes, sem máscaras, sem figurinos e sem platéia.
Apenas dois corpos, um desejo e uma folha em branco pra sujar de tinta, abstraindo os planos, que por sua vez se transformam em sonhos, quando são expostos em um canto santo de quem descobriu o amor.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Até quando seremos idiotas ?

Quem é o IDIOTA ? Que firmaria um contrato ou convênio com uma instituição, se comprometendo a lhe entregar parte de sua renda mensal em troca de atendimento quando necessário, e na hora que você mais precisar, a outra parte desse pacto faz pouco caso de sua presença, não lhe dá a atenção devida ou lhe atende de maneira negligente e você ainda continua honrando a sua parte do compromisso todos os meses, mesmo sem haver reciprocidade e respeito ao acordo firmado.

Com base nisso, somos muitos os Idiotas hoje em dia, principalmente em Ribeirão Preto, onde há uma significante concentração de pessoas que lamentávelmente firmaram um convênio com a instituição denominada SÃO FRANCISCO CLINICAS.
Se você é conveniado São Francisco e está se sentido ofendido com o modo como estou me referindo a você, você bem que poderia se ofender com o modo lamentável que é atendido por essa desrespeitosa instituição.
Deveria se ofender e se revoltar quando chega ao Hospital São Francisco e se depara com o painel digital que diz: Seja bem vindo ao São Francisco !
Eiiiii, que imbecíl quer ser bem vindo em um hospital ???? Se vamos ao hospital é pq estamos com problemas, se nos dirigimos à uma unidade de emergência, é pq precisamos que o problema seja resolvido o mais rápido possível.
A verdade é que nada muda, pois nos acomodamos, estamos acostumados a ser mal atendidos.
Somos pacientes passivos !!!
Ao acompanhar um amigo neste último domingo ao hospital SF, me deparei com uma logística sem coerência, um atendimento desinformado, um desrespeito total para com os conveniados.
Cheguei a presenciar a cena lamentável, onde um paciente que aguardava por horas o atendimento, ao ouvir seu nome sendo chamado, se levandou rapidamente e comemorou como se tivesse feito o gol que decidisse um campeonato.
Seria uma cena cômica se não fosse tão trágica e revoltante.
Enquanto houver pacientes passivos, enquanto não houver fiscalização, enquanto não lutarmos por nossos direitos, seremos afrontados pelas injustiças, roubados com nosso próprio aval e desrespeitados diante da sociedade, e neste caso, diante da própria família.
A ausência da saúde gera em nós um sentimento de impotência e nos causa dependência.
E aí que está a questão. Vamos depeder do que ? De quem ?
Da saúde pública ? Dos convênios ??????
Nestas horas eu penso que o melhor é depender de DEUS.
Acreditar que é Ele quem nos cura, nos dá saúde.
E o que Ele espera de nós é apenas um coração grato.
Justiça consiste em dar a cada um o que é seu por direito, mas vemos constantemente a justiça se calar ao permitirmos que empresas como a São Francisco, se beneficiem com o cumprimento de nossa parte do contrato, e sem pudor algum, sem ética ou moral, nos privem de ter nossas necessidades supridas por eles.
Abraham Maslow deve se revirar no túmulo ao ver que sua Pirâmide está totalmente invertida.
As opções de entretenimento batem a nossa porta, somos super bem atendidos nas clinícas de estética, nas lojas de produtos e serviços do atual mercado de luxo, mas quando se trata da necessidade básica e fundamental que é a saúde, somos feitos de palhaços.
Até quando seremos idiotas ?
Quando vamos revogar nossos direitos ?
Até quando, empresas como a São Francisco vão nos roubar e nos fazer de idiotas ?