segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Falo sem te conhecer.

O sucesso de um monólogo termina quando as cortinas se fecham, mas o espetáculo do amor carece de um diálogo improvisado e de um roteiro desprendido de receios.
A aventura adolescente de um coração adulto, o enredo perfeito para uma história rica em detalhes, mas carente de certezas.
Um jogo de prazeres, projeções e expectativas.
Jogado por quem se joga ao pés do carinho, se deleita no prazer de beijar de olhos fechados e se esquece como é dormir sozinho.
Não existem regras para um jogo que não tem ganhadores.
Se há quem ganhe, não vale a pena jogar.
A virtude está em quem perde e não em quem ganha.
Perder o sono, perder o ar, perder hora pra prender quem me encontra na mais íntimo.
Sem precisar de um espetáculo armado, sem luzes, sem máscaras, sem figurinos e sem platéia.
Apenas dois corpos, um desejo e uma folha em branco pra sujar de tinta, abstraindo os planos, que por sua vez se transformam em sonhos, quando são expostos em um canto santo de quem descobriu o amor.

3 comentários:

  1. Gosto de pensar que todos nós um dia iremos experienciar algo como isso. Ou melhor, se vivermos algo remotamente parecido, já será um lucro exorbitante...

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  2. Amore...... melhor do que apreciar suas palavras, é vivê-las..... viver o amor em sua essência com toda sua beleza e pureza... sem reservas ...

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  3. lindas palavras.... ai como é bom perder desse jeito!!!!

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